Era uma vez um espelho dourado…
Era um antigo espelho dourado que veio da casa dos meus sogros. Gosto dele desde sempre. É elegante, de boa qualidade, em excelente estado de conservação. E de um ouro velho que assinalava a passagem do tempo.
Quando a minha filha começou a decorar a casa dela perguntei-lhe se o queria. Como anda em contenção de custos, tudo o que vier de graça é bem vindo.
Olhou para mim de esguelha… Olhou para o espelho como se o visse pela primeira vez, examinou-o de perto e de longe, equacionando-lhe as potencialidades. Depois sentenciou:
- Gosto dele mas dourado nem pensar! Podias pintá-lo.
- Pintá-lo? Vou assassiná-lo!!! – retorqui.
Depois de muito pensar, meti mãos à obra. Usei tinta Chalk Paint que tem a particularidade de não precisar de uma preparação prévia da madeira. Evita as lixadelas que fazem uma poeirada desgraçada. A peça só precisa de estar impecavelmente limpa para que a tinta tenha uma boa aderência.
Et voilá…! Lá está ele agora completamente transformado na parede de entrada da casa da Margarida. Mas deu-me algum trabalhito!
A Lena do Era uma vez, com o seu olhar clínico, especialista no assunto e inquestionável mestria deve estar a levar as mãos à cabeça … com o assassinato do espelho da minha sogra. Lena, desculpe lá…
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